sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Ria de Aveiro: o homem e os bentos.

A Ria de Aveiro constitui uma das principais Zonas Húmidas portuguesas possuindo grandes extensões de vaza durante a baixa-mar. Este biótopo, de aspecto pouco atraente à vista, alberga uma multidão de espécies soterradas no lodo (os denominados bentos) que outras espécies de nível superior, procuram incessantemente como alimento.




Entre as espécies que vivem enterradas no lodo constam bactérias, protozoários, microalgas, bivalves, gastrópodes, vermes, larvas e juvenis de macrofauna. Sobre o lodo vivem outras espécies como os caranguejos e diversas larvas de insectos.

Entre as espécies que exploram este biótopo típico das zonas entre-marés constam grandes bandos de pilritos, borrelhos, maçaricos e de várias outras limícolas.




Contudo, o maior predador das espécies bentónicas na Ria de Aveiro é o homem, que diariamente e durante a baixa-mar remexe o fundo da laguna à procura dos tão apetecidos "petiscos"  numa actividade de ganha-pão.